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APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO (SAOS)
Jornal Tribuna de Leme | 24/11/2024

APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO (SAOS)

Apneia obstrutiva do sono (SAOS) é uma parada respiratória provocada pelo colabamento das paredes da faringe. O distúrbio ocorre principalmente enquanto a pessoa está dormindo e roncando. Para ser mais exato, durante as crises, ela para de roncar por causa do bloqueio da passagem de ar pela faringe.

A repetição dos episódios de apneia tem como consequência a menor oxigenação do sangue, o que pode redundar em danos ao organismo.

No adulto, as principais características do distúrbio são:

- suspensão da respiração por 10 segundos em cinco ou mais episódios por hora de sono,

- redução dos níveis de oxigênio no sangue. Nas crianças, bastam 2 ou 3 segundos de parada respiratória para o sangue dar sinais de falta de oxigênio.

A apneia obstrutiva do sono atinge mais os homens obesos de meia-idade. A enfermidade pode causar ou agravar quadros de doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial sistêmica, arritmias, infartos e insuficiência cardíaca congestiva. Muitas vezes, o tratamento da apneia é suficiente para redução e controle da pressão arterial.

Fatores agravantes: Alguns fatores contribuem para o aparecimento do ronco e da apneia:

- Amídalas e adenoides muito grandes;

- Obstrução crônica do nariz por causa de tumores, desvio de septo, pólipos nasais e hipertrofia dos cornetos;

- Dormir de barriga para cima;

- Queixo projetado um pouco para trás, que faz recuar a base da língua,

- Álcool, tabaco, medicamentos à base de benzodiazepínicos e refluxo gastroesofágico;

- Obesidade, porque favorece a infiltração de gordura na faringe.

O sinergismo entre esses fatores potencializa a tendência para o estreitamento da faringe e para a apneia.

Sintomas: São sintomas da apneia obstrutiva do sono: ronco, sono agitado, falta de disposição e sonolência durante o dia, dor de cabeça, perturbação da memória, da atenção e da concentração, tendência à depressão, hipertensão, arritmias cardíacas e, especialmente, inúmeros microdespertares dos quais o portador do distúrbio pode lembrar-se ou não. Se chega a acordar por si mesmo, o faz por duas razões: o esforço que despende para respirar e a hipoxemia, que alerta seu cérebro sobre a falta de oxigênio.

Diagnóstico: Além do relato das pessoas que convivem com os portadores da apneia obstrutiva do sono, a avaliação médica e a polissonografia, exame para mapear o comportamento durante o sono, são dados importantes para fechar o diagnóstico. A aplicação do Questionário Clínico de Berlin e da Escala de Sonolência de Epworth ajuda a identificar pessoas com risco de serem portadoras de SAOS.

Tratamento: O tratamento é sempre multidisciplinar e varia de acordo com a gravidade do caso. O primeiro recurso terapêutico é tentar reduzir os fatores agravantes da SAOS. Para tanto, o paciente precisa:

- Combater as causas da obstrução nasal e do refluxo gastroesofágico;

- Perder peso; Dormir de lado;

- Evitar o uso de bebidas alcoólicas, calmantes, relaxantes musculares e cigarro algumas horas antes de dormir.

Se essas medidas não forem suficientes, pode-se recorrer, ainda, ao uso de próteses orais que evitam a queda da língua para trás, e aos CPAPs, máscaras especiais que mantêm pressão positiva e contínua sobre as vias aéreas, evitando sua obstrução.

Há situações, porém, em que cirurgias ou cauterizações se fazem necessárias para corrigir os elementos que geram a obstrução, como os que estão associados às alterações das amídalas e adenoides.

Recomendações: A adoção de medidas simples pode ajudá-lo a dormir melhor e a evitar as crises de apneia. Veja alguns exemplos:

- Procure estabelecer e respeitar os horários de deitar e levantar;

- Evite ingerir substâncias que contenham cafeína;

- Não fume pelo menos nas 4 ou 5 horas que antecedem o momento de ir para a cama;

- Não exagere no uso de bebidas alcoólicas, nem faça refeições pesadas antes de deitar.

Fonte: https://drauziovarella.uol.com.br