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CÂNCER DE TESTÍCULO AFETA MAIS OS JOVENS - SINTOMAS E TRATAMENTOS
Jornal Tribuna de Leme | 07/04/2025

CÂNCER DE TESTÍCULO AFETA MAIS OS JOVENS - SINTOMAS E TRATAMENTOS

O câncer de testículo é mais comum especialmente em adultos jovens, brancos, entre 15 e 35 anos.

Mas o que explica o câncer de testículo afetar mais os indivíduos jovens? A fase de maior atividade sexual e reprodutiva pode ser a resposta. Nessa faixa etária, as células passam por alterações que começaram durante a infância e já estão suficientemente avançadas para possibilitar o aparecimento de tumores na área. Em jovens adultos, os testículos ainda estão em desenvolvimento, o que os torna mais propensos a desenvolver anomalias celulares que podem levar ao câncer.

De acordo com o Dr. Danilo Galante, urologista e sexólogo, o sintoma mais comum é o aumento do testículo e um nódulo palpável. Ele explica que é raro o paciente ter dor na região, mas é comum que o diagnóstico seja feito após um trauma local. “Embora o trauma não tenha relação com o câncer de testículo”, pondera.

A Dra. Suelen Martins, oncologista do Centro de Oncologia em São Paulo, completa com alguns outros sintomas que podem estar relacionados ao câncer de testículo, como:

- gânglio na virilha, que pode ser um linfonodo comprometido;

- dor pélvica, que pode estar relacionada com metástase abdominal;

- falta de ar, se houver doença metastática no pulmão;

- dor óssea, se houver metástase nos ossos.

Quanto ao diagnóstico inicial, em muitos casos o paciente acaba fazendo um autoexame e diagnosticando-se, por meio da palpação de um nódulo duro que lembra uma pedra, no testículo. A confirmação é feita através de um ultrassom.

Quais as opções de tratamento para o câncer de testículo?

Como os jovens são os mais acometidos por esse tumor, é importante ficar atento às formas de tratamento. O urologista Dr. Danilo Galante afirma que a principal é a retirada do testículo.

Quando a suspeita é de tumor benigno, pode-se fazer a retirada apenas do nódulo e manter o testículo. “Nesse caso, o nódulo é enviado para análise patológica já em sala de cirurgia. Se o patologista diagnosticar o tumor como benigno, o restante do testículo é mantido. Se o diagnóstico for de tumor maligno, o testículo é removido”, esclarece. Em pacientes jovens, a conduta de manter os testículos também é indicada quando o indivíduo apresenta tumores nos dois testículos ao mesmo tempo, mas tem a intenção de ter filhos.

Fatores de risco: Ser adulto jovem é um dos principais fatores de risco. Mas existem outros, como:

- síndromes genéticas, como a síndrome de Klinefelter;

- pacientes com testículo criptorquídico (que não migrou para o escroto, o saco de pele localizado abaixo do pênis, antes do nascimento);

- pacientes que receberam tratamento de radioterapia na infância;

- traumas frequentes no testículo;

- infecções frequentes e exposição à radiação.

Chances de cura

A taxa de cura é altíssima, mesmo em pacientes que têm a doença mais avançada. A dra. Suelen indica uma chance de 90% de cura, e em tumores localizados, acima de 98%.

“É importante alertar a população, especialmente os pacientes jovens, a fazerem o exame clínico. Geralmente, essa faixa etária de pacientes não costuma ir ao médico regularmente. É crucial que, se o paciente sentir qualquer anormalidade no testículo, ele procure um urologista para investigação”, enfatiza o médico.

Fonte: Portal Drauzio Varella