Notícia

  • Home
  • MARÇO LILÁS: JASMINE LISTA OS ALIMENTOS "PADRÃO OURO" PARA A SAÚDE DA MULHER
MARÇO LILÁS: JASMINE LISTA OS ALIMENTOS "PADRÃO OURO" PARA A SAÚDE DA MULHER
Jornal Tribuna de Leme | 08/03/2024

MARÇO LILÁS: JASMINE LISTA OS ALIMENTOS "PADRÃO OURO" PARA A SAÚDE DA MULHER

Você sabia que o câncer de colo de útero é o terceiro tipo mais incidente entre as mulheres, de acordo com informações do INCA - Instituto Nacional do Câncer? Somente em 2022, foram 16.710 novos casos no Brasil. Em um país onde 51,5% da população é representada pelo público feminino, segundo censo de 2022, é fundamental trazer à tona a conscientização sobre o tema. Sabendo disso, foi criada a campanha Março Lilás, período dedicado a conscientização sobre a prevenção contra o câncer do colo do útero.

Para levar apoio a todas as mulheres, Jasmine convida a consultora nutricional Adriana Zanardo para esclarecer as principais dúvidas sobre o assunto. A profissional ainda destaca os alimentos “padrão ouro” para a prevenção da doença e traz orientações importantes para a saúde sexual da mulher ao longo da vida. Confira!

A prevenção é o melhor caminho

“Os dados da ciência mostram que a alimentação pode contribuir para desfechos positivos de vários tipos de câncer, quando em conjunto com o acompanhamento multidisciplinar e diagnóstico precoce. Assim, precisamos entender o câncer com base em um conjunto de fatores, por exemplo, o estilo de vida do paciente, o tipo de dieta, tabagismo, a coexistência de infecções do trato reprodutivo, o uso de anticoncepcionais orais, alta paridade, além do baixo nível socioeconômico, atividade sexual precoce e/ou múltiplos parceiros sexuais”, destaca a nutricionista.

Fatores de risco

O câncer de colo de útero está relacionado com os principais fatores de risco modificáveis, sendo eles:

- Infecção por HPV: é muito comum e estima-se que cerca de 80% das mulheres sexualmente ativas irão adquiri-la ao longo de suas vidas. Aproximadamente 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras do HPV e, comparando esse dado com a incidência anual de aproximadamente 500 mil casos de câncer de colo do útero, podemos dizer que o câncer é um desfecho raro, mesmo na presença da infecção. Ou seja, a infecção pelo HPV é um fator necessário, mas não suficiente para o desenvolvimento do câncer de colo do útero;

- Infecção por HIV e outras no trato reprodutivo: requer o acompanhamento multidisciplinar para controle/resolução da doença e atenção com o funcionamento adequado do sistema imunológico;

- Tabagismo: evitar fumar é sempre a melhor saída;

- Iniciação sexual precoce/múltiplos parceiros/alta paridade: o uso de preservativo reduz o risco de doenças sexualmente transmissíveis e gestações não planejadas;

- Uso de anticoncepcionais orais: para melhor orientação, visite um ginecologista de sua confiança. Além disso, é essencial que a mulher faça exames de rotina.

Segundo o INCA, o método de rastreamento do câncer do colo do útero no Brasil é o exame citopatológico, também conhecido como exame de Papanicolau, que deve ser oferecido às mulheres ou qualquer pessoa com colo do útero, que tenham entre 25 e 64 anos, e que já tiveram atividade sexual, incluindo homens trans e pessoas não-binárias designadas mulheres ao nascer.

Comer bem é a chave para uma vida sexual de qualidade

“Quando se pensa em saúde sexual da mulher como um todo, a alimentação exerce um grande impacto. O consumo excessivo de açúcar, por exemplo, pode aumentar o risco de desenvolvimento de candidíase e infecções do trato urinário. Nessa mesma linha de raciocínio, algumas evidências mostram que o equilíbrio da flora intestinal impacta no equilíbrio da flora vaginal, contribuindo para manutenção de suas defesas naturais”, esclarece Adriana.

Além disso, o aumento do índice de massa corporal (IMC) tem sido considerado um fator que aumenta o risco de muitos tipos de câncer. Portanto, uma rotina com boa quantidade de macronutrientes, vitaminas e minerais ao longo das refeições, e menos excessos de açúcares e gorduras é o caminho mais eficaz para a jornada saudável de toda mulher.

Para usufruir de uma vida leve, saudável e prazerosa, a nutricionista recomenda o consumo dos seguintes itens:

- Frutas e hortaliças: podem apresentar propriedades protetoras contra o câncer;

- Antioxidantes, como carotenos (betacaroteno, licopeno, zeaxantina, luteína, entre outros) vitaminas C, D e E: podem contribuir para melhor funcionamento do sistema imunológico, impactando positivamente na melhor resposta do organismo no combate ao câncer. Esses nutrientes também podem retardar ou proteger contra a infecção persistente por HPV e, portanto, o desenvolvimento posterior do câncer de colo de útero. Alimentos como frutas (Kiwi, mamão, limão e laranja) possuem boas quantidades de vitamina C, já a vitamina D pode ser encontrada em gema de ovo, atum, salmão, dentre outras diversas opções. A vitamina E, por fim, vem em carnes, ovos, gérmen de trigo, abacate, amêndoas, amendoim e Castanha do Pará.

- Curcumina (presente na cúrcuma), epigalocatequina galato (polifenol presente em abundância no chá verde) e resveratrol (presente em uvas, mirtilos e amendoim): apresentam propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, com efeitos anticancerígenos;

- Berberina: os estudos mostram que ela pode ser um coadjuvante na prevenção e no tratamento de diversos tipos de câncer, inclusive o de colo do útero. Também foi visto que pode contribuir para melhor efetividade do tratamento radioterápico;

- Tirosina: a tirosina é um aminoácido não essencial (nosso corpo é capaz de produzi-lo), todavia, é importante ter atenção com sua ingestão para atingir quantidades diárias adequadas. A tirosina é encontrada em: oleaginosas, carnes em geral, ovos, leguminosas (feijão, grão-de-bico, ervilha e lentilha) e abacate;

- Gordura insaturada (ômega-3): conhecidas como “gordura do bem”, elevam o colesterol considerado bom (HDL) e diminuem o considerado ruim (LDL). É encontrada em  alimentos como chia, linhaça, abacate, oleaginosas, azeite de oliva e peixes gordurosos;

- Vitaminas do Complexo B: destacam-se B6 (piridoxina) e B9 (ácido fólico), as quais participam na produção de dopamina. Essas vitaminas podem ser encontradas em: oleaginosas, arroz integral, aveia, quinoa, carnes em geral, peixes gordurosos, ovos, espinafre, leguminosas, leite e derivados;

- Vitamina D: a vitamina D participa na regulação de vias relacionadas à imunidade e inflamação, além de atuar na manutenção de bons níveis de dopamina. É encontrada é em: peixes gordurosos, ovos, leite e derivados;

- Cobre: por fim, em relação aos minerais, tanto a deficiência como o excesso de cobre podem afetar o funcionamento do cérebro, pois, dentre outras funções, atua na conversão de dopamina em noradrenalina que também impactam a atividade sexual. É encontrado em: carnes em geral, oleaginosas e leguminosas como feijão, grão de bico, ervilha e lentilha.

Sinais de alerta

A partir do momento que existe o corrimento vaginal e sangramento irregular em mulheres em idade reprodutiva, por exemplo, o câncer do colo de útero não pode ser descartado até que se tenha o diagnóstico fechado. Portanto, é importante a observação e o autoconhecimento para a identificação de qualquer sinal de alteração.

Tratamento

Nos casos em que a mulher for submetida ao tratamento é importante a manutenção de uma alimentação saudável, além da prática de atividades físicas regulares. O cuidado com a saúde mental também deve ser considerado, bem como a interrupção do tabagismo, no caso de fumantes.

Somado a isso, recomenda-se que a mulher frequente as consultas de rotina e realize todos os exames solicitados - geralmente, acontecem a cada 3 ou 4 meses nos primeiros 2 anos, a cada 6 meses do terceiro ao quinto ano e anualmente a partir do sexto ano de tratamento.

Fonte: www.jasminealimentos.com