Morador de Leme ajuda a preservar a memória ferroviária do país
Morador de Leme ajuda a preservar a memória ferroviária do país
Seja para relaxar, divertir-se, desestressar ou mesmo cultivar o amor pelas ferrovias, muitas pessoas têm aderido ao hobby do ferreomodelismo, afinal, o trem elétrico é uma excelente opção para quem está procurando algo para entreter a mente e passar o tempo. É um hobby saudável, que ajuda neste momento tão delicado pelo qual todos estão passando.
Em Leme, o técnico em química Edenilson José Ossuna, 46 anos, está neste hobby há 15 anos. “Comecei a me interessar, na verdade, desde criança, quando tive alguns trens de brinquedo. Depois, mexendo na internet, descobri o hobby e adquiri duas caixas básicas da Frateschi, com locomotiva, vagões e trilhos. Aí, não parei mais”, afirma.
A Frateschi é a única fabricante da América Latina de trens elétricos em miniaturas e réplicas de composições reais, situada em Ribeirão Preto, no interior paulista.
Nos últimos anos, ele fez um upgrade em sua coleção e, hoje, possui quase 300 peças, entre vagões e locomotivas, que rodam em sua maquete. “Antigamente, passavam alguns trens em Leme, onde havia um pequeno pátio, hoje transformado em museu, e meu pai sempre parava na estação. Foi aí que passei a gostar de trens”, diz Edenilson, que, com frequência, mexe em sua vasta coleção.
Um dos hobbies mais antigos do mundo
O ferreomodelismo é um dos hobbies mais antigos do mundo, e sua origem remonta ao período em que o transporte ferroviário foi adotado massivamente. As primeiras miniaturas de trens foram fabricadas por volta de 1830, por artesãos alemães. De lá para cá, muita coisa mudou, principalmente no Brasil, onde o transporte de passageiros pelas ferrovias deixou de acontecer, com exceção dos passeios turísticos. Mesmo assim, a paixão de algumas pessoas por este hobby se intensificou.
“O ferreomodelismo é uma mistura de entretenimento, baseado em modelos de escala, e arte, pois os amantes deste hobby ficam fascinados quando começam a construir suas maquetes, fazer toda a parte de decoração e cenário e projetar as construções. É preciso ter capacidade de observação para se construir uma maquete, pois todo esse trabalho de reprodução do mundo real é totalmente artesanal”, diz Lucas Frateschi, diretor da Frateschi Trens Elétricos, empresa com sede em Ribeirão Preto, no interior paulista, que possui mais de 50 anos de atuação no mercado e é a única fabricante de trens elétricos em miniaturas e réplicas de composições reais na América Latina. “Em tempos como estes, em que as famílias têm ficado em casa, é preciso arrumar algum hobby para distrair a mente. As pessoas pensam que o transporte ferroviário morreu, mas ele está vivo e em expansão. A ferrovia é de valor estratégico imprescindível para um país como o Brasil, e este crescimento ajuda a fomentar ainda a mais a paixão que muitos brasileiros têm pelos trens, sendo que muitos passam o hobby do ferreomodelismo para as futuras gerações”, finaliza Lucas.
Por: F2 Assessoria de Imprensa - Paulo Viarti - [email protected] - www.f2.jor.br