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NÃO À INTOLERÂNCIA RELIGIOSA
Jornal Tribuna de Leme | 28/01/2025

NÃO À INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

A intolerância religiosa é um dos maiores desafios enfrentados por sociedades pluralistas. A liberdade de crença é um direito humano fundamental, garantido pela Constituição Federal do Brasil e por tratados internacionais. Apesar disso, muitas pessoas ainda sofrem discriminação por sua fé ou práticas religiosas. No Brasil, onde convivem diversas manifestações espirituais, do cristianismo às religiões de matriz africana, passando pelo islamismo, espiritismo, judaísmo e outras, é imprescindível promover o respeito mútuo e a convivência pacífica.

O dia 21 de janeiro, instituído como o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, é uma data que reforça a importância de combater a discriminação baseada na fé. Essa escolha homenageia Mãe Gilda, uma sacerdotisa do candomblé que sofreu perseguições e ofensas devido à sua religião, culminando em sua morte. A data não só rememora os prejuízos causados pela intolerância, mas também convoca a sociedade a refletir e agir em prol do respeito e da igualdade.

Respeitar a diversidade religiosa significa reconhecer que cada crença, do axé ao amém, possui sua beleza, sua história e sua contribuição para a cultura e espiritualidade de um povo. Nenhuma religião é superior à outra, e ninguém deve ser desrespeitado por sua fé, seja ela qual for. A intolerância religiosa muitas vezes nasce do desconhecimento, do preconceito ou da falta de empatia. Por isso, é fundamental promover a educação religiosa nas escolas, não para impor crenças, mas para ensinar sobre as diferentes tradições e fomentar o diálogo inter-religioso.

Em uma sociedade democrática, o respeito à liberdade de culto é indispensável para a paz e a harmonia. Cada um deve ser livre para expressar sua fé sem medo de ser discriminado ou violentado. Devemos reafirmar o compromisso de combater a intolerância religiosa, lembrando que a fé é uma escolha pessoal e que a convivência só é possível quando o respeito prevalece.

Do axé ao amém, que nossas diferenças nos unam, não nos separem.

Sandra Kauffmann

*Imagem Senado Federal*