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REMÉDIOS GENÉRICOS X REMÉDIOS ORIGINAIS
Jornal Tribuna de Leme | 24/02/2025

REMÉDIOS GENÉRICOS X REMÉDIOS ORIGINAIS

Muitas pessoas ainda enfrentam um grande tabu na hora de comprar remédios genéricos, sentindo-se inseguras e preferindo pagar mais caro pelo medicamento de referência - o chamado “original”. Esse receio geralmente vem da ideia de que, por serem mais baratos, os genéricos podem ser menos eficazes ou ter qualidade inferior. No entanto, essa percepção não é baseada em fatos, mas sim na falta de informação sobre o rigoroso processo de aprovação desses medicamentos.

A principal diferença entre um medicamento genérico e um de referência está no preço e na marca. O genérico não carrega um nome comercial e custa menos porque não envolve investimentos em pesquisa e marketing, já que sua fórmula é baseada em um medicamento cuja patente expirou. No entanto, a substância ativa e o efeito terapêutico são os mesmos, pois a legislação exige que o genérico passe por testes de bioequivalência, garantindo que ele tenha a mesma absorção e eficácia do original.

Apesar disso, muitas pessoas ainda se sentem inseguras, acreditando que a diferença de preço possa significar menor qualidade. Esse receio pode ser alimentado por experiências individuais, desinformação ou até mesmo influência de propagandas da indústria farmacêutica. No entanto, os órgãos reguladores, como a Anvisa no Brasil, garantem que um genérico só pode ser vendido se realmente cumprir todas as exigências de segurança e eficácia.

Portanto, não há motivo para temer o uso de medicamentos genéricos. Eles representam uma alternativa mais acessível e igualmente eficaz, permitindo que mais pessoas tenham acesso ao tratamento adequado sem comprometer a qualidade. O importante é sempre buscar informações corretas, conversar com profissionais de saúde e entender que a escolha pelo genérico não compromete a eficácia do tratamento, mas sim torna o acesso aos medicamentos mais democrático.

A Lei nº 9.787, de 10 de fevereiro de 1999, estabelece a política de medicamentos genéricos no Brasil. A Lei define o medicamento genérico, a Denominação Comum Brasileira (DCB) e a Denominação Comum Internacional (DCI).

Sandra Kauffmann

Foto: Metrópoles