SEQUESTRO FORJADO: UM CRIME QUE DESTRÓI FAMÍLIAS
Nos últimos dias, tem se tornado cada vez mais frequente a prática de sequestros forjados, nos quais filhos e outros parentes simulam a própria captura para extorquir dinheiro da família. Essa atitude criminosa causa pânico e sofrimento aos familiares, que, acreditando estar diante de uma situação real de perigo, acabam pagando quantias consideráveis para garantir a “libertação” da suposta vítima.
O que muitos não percebem é que essa prática constitui crime, podendo envolver acusações como estelionato, extorsão e até comunicação falsa de crime, dependendo do caso. Além das consequências legais, um ato como esse abala a confiança e destrói laços familiares, deixando marcas que muitas vezes não podem ser reparadas.
Muitos desses golpes são motivados por dívidas – sejam elas decorrentes de vícios, jogos, negócios fracassados ou má administração financeira. No entanto, recorrer a uma farsa não é a solução. Se uma pessoa está endividada, a melhor saída é o diálogo. Conversar com a família, expor a situação e buscar, juntos uma forma justa e possível de resolver o problema é sempre o caminho mais correto e honesto.
O desespero pode levar a atitudes impensadas, mas o crime nunca é a melhor escolha. Em vez de enganar aqueles que mais se preocupam e cuidam de você, é essencial buscar apoio e encontrar alternativas legítimas para superar dificuldades financeiras.
É crime forjar o próprio sequestro! A falsa comunicação de crime é considerada um delito e está prevista no Código Penal Brasileiro em seu artigo 340. A pena pode variar de acordo com as circunstâncias do caso, mas geralmente envolve, ou seja, a pessoa pode ser presa.
Sandra Kauffmann
Foto: Globoplay