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CONFIANÇA PERDIDA
Jornal Tribuna de Leme | 04/05/2025

CONFIANÇA PERDIDA

A perda de confiança é uma das feridas emocionais mais profundas que alguém pode experimentar. Ela costuma surgir quando há uma quebra de expectativa, seja por mentira, traição ou omissão. A confiança é à base dos relacionamentos humanos — pessoais, profissionais ou sociais — e, quando é abalada, gera sentimentos de insegurança, tristeza e decepção. Reconstruí-la, por sua vez, é um processo demorado, muitas vezes doloroso e impossível de arrumar.

O mal causado pela perda de confiança vai além da relação em si; ele atinge diretamente a autoestima de quem foi traído. A pessoa passa a duvidar não apenas do outro, mas também de si mesma, questionando sua capacidade de julgamento e até mesmo seu valor. Isso pode provocar isolamento emocional e dificuldade para estabelecer novos vínculos, como um mecanismo de defesa contra novas decepções.

No ambiente familiar, por exemplo, a perda de confiança pode abalar completamente a harmonia entre seus membros. Pais que não cumprem promessas, filhos que escondem verdades, casais que rompem pactos — tudo isso mina a estabilidade emocional do lar. Em contextos profissionais, a quebra de confiança entre colegas ou líderes pode comprometer o desempenho de equipes inteiras, afetando resultados e clima organizacional.

Por fim, é importante entender que a confiança é um bem precioso e frágil, que exige cuidado, respeito e coerência. Quando ela é perdida, é preciso mais do que desculpas para tentar recuperá-la: é necessário tempo, ações consistentes e arrependimento verdadeiro. Preservar a confiança, portanto, é um dever de todos que desejam viver relações saudáveis e duradouras.

Sandra Kauffmann